| Ian Dury |
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Sobre Ian Dury: “Eu tenho 56 anos e provavelmente sou mais alegre e divertido que as pessoas da minha idade. Eu considero o trabalho como uma distração. É muito melhor do que ficar em casa sentado, mórbido, esperando o fim. Eu sempre me senti uma pessoa de muita sorte na vida, jamais reclamei dos meus problemas. A única coisa que me entristece é saber que não poderei ver meus filhos pequenos crescerem. E eu não me importo, se serei lembrado ou esquecido quando morrer, eu quero apenas viver.”
Um mestre do humor e uma das figuras mais peculiares do mundo do rock. Um homem que explodiu para o mundo da música aos 35 anos. Contraiu poliomielite aos sete anos, Ian sofreu sérias limitações físicas. Mas nem isso foi o suficiente para que ele deixasse a música e até o cinema, sua segunda carreira e onde brilhou em produções pequenas e até famosas, como em O Corvo. Considerado um dos maiores nomes do punk, jamais será esquecido por amigos e fãs como um homem que fez do humor sua grande arma.
“Sexo e drogas e rock and roll, é tudo que meu cérebro e corpo precisam, sexo e drogas e rock and roll, realmente, é bom demais.” Essa frase, mais politicamente incorreta do que nunca, ganhou as paradas de sucesso em 1977 e foi feita por um homem já velho (35 anos), baixinho, com uma cara grande e que se apresentava invariavelmente de luvas pretas e cachecol branco no pescoço. Um homem que contraiu poliomielite tinha uma aparência bizarra. Mesmo assim mantinha seu humor intacto. “Desde criança peço de Natal uma nova perna esquerda. Nunca fui atendido por aquele velhinho barbudo, mas quem sabe esse ano ele não se lembra do meu pedido?”, dizia Ian, que utilizava uma perna mecânica para se locomover.
A vida de Ian nunca foi fácil, mas ele não reclamou. Nascido em Essex, Londres, no dia 12 de março de 1942. O garoto que era apaixonado pelo rock de Gene Vincent, tinha adquirido a paixão também pelo jazz e ritmos negros. Resolveu formar o grupo Kilburn em 1970. Fizeram várias apresentações e começaram a chamar a atenção devido ao carisma de Dury. Surpreendentemente são convidados pelo The Who para abrir seus shows em 1973, conseguindo atrair a atenção de um público ainda maior. O Kilburn era considerada a banda mais estranha de todo circuito, tanto musicalmente quanto visualmente. Com grande presença em cena, especialmente com Ian mancando e balançando feito um maluco, acabaram sendo considerados como excêntricos e totalmente insanos. Ian Dury & The Kilburns. Em 1977 lançam o compacto “Sex & Drugs & Rock & Roll” e explodem.
A canção assalta as paradas inglesas e européias. Ian estava de volta e agora ao novo movimento, chamado de punk rock. Ian e Jankel resolvem formar outra banda e resolvem adotar o nome The Blockheads, por sinal, uma das canções do disco. Nascia o Ian Dury & The Blockheads. Norman Watt Roy (baixo), Charley Charles (bateria), John Turnbull (guitarra), Davey Payne (sax) e Mickey Gallagher (piano) eram os integrantes. O grupo é a grande atração da turnê “Stiff’s Live Stiffs”. O disco chega ao quinto lugar da parada e vende mais de 500 mil cópias na Inglaterra. Em novembro de 1974, o grupo consegue o primeiro lugar na parada com “Hit Me With Your Rhythm Stick”.
Ian Dury e os Blockheads eram uma das maiores sensações da Europa. Passam o ano de 1978 correndo entre vários palcos e estúdio e no ano seguinte lançam o segundo disco, Do It Yourself, em maio. Igualmente uma obra-prima, tem a sorte de um novo single lançado em julho, “Reason to be Cheerful”, ajudar ainda mais as vendagens.
O ano de 1980 para o grupo o excepcional guitarrista Wilko Johnson, ex-Dr. Feelgood e considerado um dos melhores guitarristas da Inglaterra é escalado. Para se ter uma idéia do seu talento, Wilko foi cogitado para substituir Mick Taylor, quando este deixou os Rolling Stones. Mas não consegue bons momentos. Em 1981, fim dos Blockheads, em 1984, lança o disco 4000 Weeks Holiday. Depois disso, resolveu dar um tempo em gravações e dividiu seu tempo entre apresentações e o cinema.
Mas o câncer que tanto rondou sua vida, infelizmente apareceu em sua vida em 1995. Mesmo assim, Dury resolveu não ficar parado e chorando, continou trabalhando. Em 1998 participou do especial “Night at the Dogs”, em prol da organização CancerBACUP. Ian faz um discurso emocionado. No dia 6 de fevereiro fez sua última aparição pública em um especial intitulado New Boots and Panto, com a participação de Kirsty MacColl, como convidada. Morreu aos aos 57 anos, de câncer em 27 de março de 2000. Em 2000 saiu um disco ao vivo All The Best, Mate: Live. No dia 16 de junho foi realizado no Brixton Academy um concerto em sua homenagem com a presença de vários amigos. Em 2001 foi lançado um disco tributo intitulado Brand New Boots and Panties, com vários astros tocando e tendo os Blockheads como banda base em oito das dez músicas, foi uma linda homenagem a Ian.
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Sobre Ian Dury: “Eu tenho 56 anos e provavelmente sou mais alegre e divertido que as pessoas da minha idade. Eu considero o trabalho como uma distração. É muito melhor do que ficar em casa sentado, mórbido, esperando o fim. Eu sempre me senti uma pessoa de muita sorte na vida, jamais reclamei dos meus problemas. A única coisa que me entristece é saber que não poderei ver meus filhos pequenos crescerem. E eu não me importo, se serei lembrado ou esquecido quando morrer, eu quero apenas viver.”
Um mestre do humor e uma das figuras mais peculiares do mundo do rock. Um homem que explodiu para o mundo da música aos 35 anos. Contraiu poliomielite aos sete anos, Ian sofreu sérias limitações físicas. Mas nem isso foi o suficiente para que ele deixasse a música e até o cinema, sua segunda carreira e onde brilhou em produções pequenas e até famosas, como em O Corvo. Considerado um dos maiores nomes do punk, jamais será esquecido por amigos e fãs como um homem que fez do humor sua grande arma.
“Sexo e drogas e rock and roll, é tudo que meu cérebro e corpo precisam, sexo e drogas e rock and roll, realmente, é bom demais.” Essa frase, mais politicamente incorreta do que nunca, ganhou as paradas de sucesso em 1977 e foi feita por um homem já velho (35 anos), baixinho, com uma cara grande e que se apresentava invariavelmente de luvas pretas e cachecol branco no pescoço. Um homem que contraiu poliomielite tinha uma aparência bizarra. Mesmo assim mantinha seu humor intacto. “Desde criança peço de Natal uma nova perna esquerda. Nunca fui atendido por aquele velhinho barbudo, mas quem sabe esse ano ele não se lembra do meu pedido?”, dizia Ian, que utilizava uma perna mecânica para se locomover.
A vida de Ian nunca foi fácil, mas ele não reclamou. Nascido em Essex, Londres, no dia 12 de março de 1942. O garoto que era apaixonado pelo rock de Gene Vincent, tinha adquirido a paixão também pelo jazz e ritmos negros. Resolveu formar o grupo Kilburn em 1970. Fizeram várias apresentações e começaram a chamar a atenção devido ao carisma de Dury. Surpreendentemente são convidados pelo The Who para abrir seus shows em 1973, conseguindo atrair a atenção de um público ainda maior. O Kilburn era considerada a banda mais estranha de todo circuito, tanto musicalmente quanto visualmente. Com grande presença em cena, especialmente com Ian mancando e balançando feito um maluco, acabaram sendo considerados como excêntricos e totalmente insanos. Ian Dury & The Kilburns. Em 1977 lançam o compacto “Sex & Drugs & Rock & Roll” e explodem.
A canção assalta as paradas inglesas e européias. Ian estava de volta e agora ao novo movimento, chamado de punk rock. Ian e Jankel resolvem formar outra banda e resolvem adotar o nome The Blockheads, por sinal, uma das canções do disco. Nascia o Ian Dury & The Blockheads. Norman Watt Roy (baixo), Charley Charles (bateria), John Turnbull (guitarra), Davey Payne (sax) e Mickey Gallagher (piano) eram os integrantes. O grupo é a grande atração da turnê “Stiff’s Live Stiffs”. O disco chega ao quinto lugar da parada e vende mais de 500 mil cópias na Inglaterra. Em novembro de 1974, o grupo consegue o primeiro lugar na parada com “Hit Me With Your Rhythm Stick”.
Ian Dury e os Blockheads eram uma das maiores sensações da Europa. Passam o ano de 1978 correndo entre vários palcos e estúdio e no ano seguinte lançam o segundo disco, Do It Yourself, em maio. Igualmente uma obra-prima, tem a sorte de um novo single lançado em julho, “Reason to be Cheerful”, ajudar ainda mais as vendagens.
O ano de 1980 para o grupo o excepcional guitarrista Wilko Johnson, ex-Dr. Feelgood e considerado um dos melhores guitarristas da Inglaterra é escalado. Para se ter uma idéia do seu talento, Wilko foi cogitado para substituir Mick Taylor, quando este deixou os Rolling Stones. Mas não consegue bons momentos. Em 1981, fim dos Blockheads, em 1984, lança o disco 4000 Weeks Holiday. Depois disso, resolveu dar um tempo em gravações e dividiu seu tempo entre apresentações e o cinema.
Mas o câncer que tanto rondou sua vida, infelizmente apareceu em sua vida em 1995. Mesmo assim, Dury resolveu não ficar parado e chorando, continou trabalhando. Em 1998 participou do especial “Night at the Dogs”, em prol da organização CancerBACUP. Ian faz um discurso emocionado. No dia 6 de fevereiro fez sua última aparição pública em um especial intitulado New Boots and Panto, com a participação de Kirsty MacColl, como convidada. Morreu aos aos 57 anos, de câncer em 27 de março de 2000. Em 2000 saiu um disco ao vivo All The Best, Mate: Live. No dia 16 de junho foi realizado no Brixton Academy um concerto em sua homenagem com a presença de vários amigos. Em 2001 foi lançado um disco tributo intitulado Brand New Boots and Panties, com vários astros tocando e tendo os Blockheads como banda base em oito das dez músicas, foi uma linda homenagem a Ian.
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