| Louise Cardoso |
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Sobre Louise Cardoso: Louise Ferreira Cardoso (Rio de Janeiro RJ 1954). Atriz. Própria da geração formada pelo O Tablado, Louise Cardoso projeta-se, na cena carioca nos anos 1970 e 1980, em papéis cômicos e sagazes. Líder do Diz-Ritmia, remanescente dos grupos de criação coletiva dos anos 1970.
Estuda letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teatro com Maria Clara Machado nO Tablado, dança com Graciela Figueiroa e canto com Maria Lourdes Cruz Lopes. Como amadora, revela-se nO Tablado, onde a partir de 1971 faz alguns papéis e brilha interpretando um sedutor gato em O Dragão, de Eugène Schwartz, 1975. Estréia profissionalmente em Quarteto, de Antônio Bivar, 1976, último trabalho de Ziembinski, onde faz o papel de jovem namorada do venerado mestre. Entre seus desempenhos subseqüentes destacam-se: Beco de Brecht, coletânea de peças curtas de Bertolt Brecht, 1977; Feira Livre, de Plínio Marcos, 1979; O Beijo da Louca, de Doc Comparato, um exigente e elogiado desempenho como protagonista, e o musical Village, de Ira Covens, 1981; A Mente Capta, de Mauro Rasi, 1982. Em Besame Mucho, de Mario Prata, 1983, obtém grande comunicabilidade em uma composição cômica baseada em sensualidade provocante. Em 1985, atua em Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, e, no ano seguinte, em A Divina Chanchada, de Vicente Pereira.
Durante alguns anos, Louise Cardoso está à frente de um jovem conjunto de criação coletiva, o grupo Diz-Ritmia, com o qual pesquisa uma linguagem pessoal de espetáculo, substituindo a palavra pela expressão corporal, a mímica, a sonoplastia e o ritmo frenético que conduz a energia dos jovens atores. Para o Diz-Ritmia, ela dirige: Diz-Ritmia e Diz-Ritmia II, 1980; Atrás da Trouxa, 1981; e Oh, Krisis, 1982. Os dois primeiros espetáculos têm como linha temática, estruturada em esquetes, a violência de todas as espécies. No programa, o grupo agradece à Censura Federal e aos terroristas ligados às bombas que, na época, vinham estourando em bancas de jornal em que se vendiam publicações de esquerda, "por terem cedido material tão ridículo e lamentável para trabalharmos".1 Na linha de teatro de grupo que atravessa os anos 70, o Diz-Ritmia cria e produz seus próprios espetáculos com o mínimo de recursos, apoiando-se principalmente na teatralidade física do ator.
A partir da segunda metade dos anos 80, Louise Cardoso se dedica cada vez mais, e com crescente sucesso, ao cinema; e trabalha com alguma regularidade na TV. No cinema, encarna Leila Diniz no filme Leila e, na televisão, se torna conhecida pelo programa TV Pirata, em que, com um grupo de atores cômicos, tem espaço para criar os quadros em que atua com seu humor particular. Leciona interpretação nO Tablado e escolas de ensino básico. Em 1994, produz Navalha na Carne, de Plínio Marcos, ao lado de seu parceiro de vários trabalhos, Diogo Vilela, sob a direção de Marcus Alvisi. Para interpretar a prostituta Neusa Sueli, a atriz freqüenta a Vila Mimosa e, durante a temporada, faz uma sessã |
Sobre Louise Cardoso: Louise Ferreira Cardoso (Rio de Janeiro RJ 1954). Atriz. Própria da geração formada pelo O Tablado, Louise Cardoso projeta-se, na cena carioca nos anos 1970 e 1980, em papéis cômicos e sagazes. Líder do Diz-Ritmia, remanescente dos grupos de criação coletiva dos anos 1970.
Estuda letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), teatro com Maria Clara Machado nO Tablado, dança com Graciela Figueiroa e canto com Maria Lourdes Cruz Lopes. Como amadora, revela-se nO Tablado, onde a partir de 1971 faz alguns papéis e brilha interpretando um sedutor gato em O Dragão, de Eugène Schwartz, 1975. Estréia profissionalmente em Quarteto, de Antônio Bivar, 1976, último trabalho de Ziembinski, onde faz o papel de jovem namorada do venerado mestre. Entre seus desempenhos subseqüentes destacam-se: Beco de Brecht, coletânea de peças curtas de Bertolt Brecht, 1977; Feira Livre, de Plínio Marcos, 1979; O Beijo da Louca, de Doc Comparato, um exigente e elogiado desempenho como protagonista, e o musical Village, de Ira Covens, 1981; A Mente Capta, de Mauro Rasi, 1982. Em Besame Mucho, de Mario Prata, 1983, obtém grande comunicabilidade em uma composição cômica baseada em sensualidade provocante. Em 1985, atua em Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, e, no ano seguinte, em A Divina Chanchada, de Vicente Pereira.
Durante alguns anos, Louise Cardoso está à frente de um jovem conjunto de criação coletiva, o grupo Diz-Ritmia, com o qual pesquisa uma linguagem pessoal de espetáculo, substituindo a palavra pela expressão corporal, a mímica, a sonoplastia e o ritmo frenético que conduz a energia dos jovens atores. Para o Diz-Ritmia, ela dirige: Diz-Ritmia e Diz-Ritmia II, 1980; Atrás da Trouxa, 1981; e Oh, Krisis, 1982. Os dois primeiros espetáculos têm como linha temática, estruturada em esquetes, a violência de todas as espécies. No programa, o grupo agradece à Censura Federal e aos terroristas ligados às bombas que, na época, vinham estourando em bancas de jornal em que se vendiam publicações de esquerda, "por terem cedido material tão ridículo e lamentável para trabalharmos".1 Na linha de teatro de grupo que atravessa os anos 70, o Diz-Ritmia cria e produz seus próprios espetáculos com o mínimo de recursos, apoiando-se principalmente na teatralidade física do ator.
A partir da segunda metade dos anos 80, Louise Cardoso se dedica cada vez mais, e com crescente sucesso, ao cinema; e trabalha com alguma regularidade na TV. No cinema, encarna Leila Diniz no filme Leila e, na televisão, se torna conhecida pelo programa TV Pirata, em que, com um grupo de atores cômicos, tem espaço para criar os quadros em que atua com seu humor particular. Leciona interpretação nO Tablado e escolas de ensino básico. Em 1994, produz Navalha na Carne, de Plínio Marcos, ao lado de seu parceiro de vários trabalhos, Diogo Vilela, sob a direção de Marcus Alvisi. Para interpretar a prostituta Neusa Sueli, a atriz freqüenta a Vila Mimosa e, durante a temporada, faz uma sessã
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