| Mariana Lima |
|
|
|
Sobre Mariana Lima: Mariana Gomes Ferreira Lima (São Paulo SP 1972). Atriz. Com formação em cursos livres, desenvolve interpretação centrada no trabalho corporal, como evidencia em cinco anos de Teatro da Vertigem, e depois vai tangenciar a dança em espetáculos-solo ou participações em outros grupos.
Em 1992, mora em Nova York e participa de cursos sobre a técnica de Étienne Decroux, com o grupo The Adaptors; sobre a dança butô, com Rachel Whitehead; e sobre interpretação na Lee Strasberg School. Ao longo da década de 1990, em São Paulo, freqüenta oficinas de dança ou teatro com Gerald Thomas, Bia Lessa e Alain Maratrat, integrante do grupo de Peter Brook em passagem pela cidade.
A estréia profissional se dá em 1991, em Comala, espetáculo baseado no romance de Juan Rulfo e dirigido por Mário Piacentini. Além de apresentações pelo Brasil, realiza turnê latino-americana por Paraguai, Colômbia, Costa Rica e México, o país do autor. Dois anos depois, excursiona pela Europa com O Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu Jardim, de Federico García Lorca, direção da também atriz Maria Alice Vergueiro. Em 1994, substitui Maria Luisa Mendonça, protagonista do espetáculo Futebol, de Alberto Renault, direção de Bia Lessa, um projeto para o Teatro Popular do Sesi (TPS), em São Paulo.
Aos 25 anos, entra para a equipe do Teatro da Vertigem, um dos grupos mais significativos da década de 1990, inovador nas linguagens cênica e dramatúrgica concebidas em espaços não-convencionais. Faz substituição no papel de Mulher de Jó em O Livro de Jó, de Luís Alberto de Abreu. A encenação de Antônio Araújo para a segunda peça da Trilogia Bíblica - iniciada com Paraíso Perdido, 1992 - se passa num hospital desativado.
Em 1998, atua em Tio Vânia, de Anton Tchekhov, com o Teatro Promíscuo. A montagem do ator e então diretor iniciante Élcio Nogueira Seixas é recebida com frieza, apesar do elenco experiente, encabeçado por Renato Borghi.
A performance como Babilônia em Apocalipse 1,11 constitui, o maior desafio da carreira, até então. O texto de Fernando Bonassi, encenado pelo Teatro da Vertigem, estreia em 2000 num presídio desativado de São Paulo. No papel da "mãe das meretrizes", ela percorre labirintos do pecado e do julgamento, tateando paredes mofadas, grades enferrujadas, o ambiente acinzentado característico de uma prisão.
Faz uma demonstração de processo no Festival de São José do Rio Preto, São Paulo: um curto solo de dança-teatro intitulado Raiz Quadrada de Menos Um, com direção de Enrique Diaz, em 2001. Trata-se de embrião do monólogo A Paixão Segundo G.H., que estréia no ano seguinte, em adaptação de Fauzi Arap para o romance homônimo de Clarice Lispector.
O crítico Sérgio Salvia Coelho aponta o despojamento da protagonista. "Mariana Lima apresenta G.H. antes de tudo como uma mulher aflita, tímida diante do enorme enigma que precisa compartilhar. Seu tom é de um realismo cinematográfico, parece esquecer o texto a cada instante, olhando nos olhos o público que está em cena com ela, em sua sala de estar".1
Pela primeira vez, experimenta a direção em Não Olhe Agora, em 2003, co-assinada com Enrique Diaz. É fruto do trabalho do Coletivo Improviso, reunião de artistas investigadores de performance e de dança do Rio de Janeiro, onde passa a viver. Em 2004, assume a assistência de Diaz em Ensaio.Hamlet, espetáculo da Cia dos Atores.
Volta a ser dirigida por Diaz, com quem também contracena em Gaivota - Tema para um Conto Curto, montagem de 2006 que toma como inspiração A Gaivota, de Tchekhov. Um espetáculo de metalinguagem a respeito da criação, da representação, da arte e do homem contemporâneos
|
Sobre Mariana Lima: Mariana Gomes Ferreira Lima (São Paulo SP 1972). Atriz. Com formação em cursos livres, desenvolve interpretação centrada no trabalho corporal, como evidencia em cinco anos de Teatro da Vertigem, e depois vai tangenciar a dança em espetáculos-solo ou participações em outros grupos.
Em 1992, mora em Nova York e participa de cursos sobre a técnica de Étienne Decroux, com o grupo The Adaptors; sobre a dança butô, com Rachel Whitehead; e sobre interpretação na Lee Strasberg School. Ao longo da década de 1990, em São Paulo, freqüenta oficinas de dança ou teatro com Gerald Thomas, Bia Lessa e Alain Maratrat, integrante do grupo de Peter Brook em passagem pela cidade.
A estréia profissional se dá em 1991, em Comala, espetáculo baseado no romance de Juan Rulfo e dirigido por Mário Piacentini. Além de apresentações pelo Brasil, realiza turnê latino-americana por Paraguai, Colômbia, Costa Rica e México, o país do autor. Dois anos depois, excursiona pela Europa com O Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu Jardim, de Federico García Lorca, direção da também atriz Maria Alice Vergueiro. Em 1994, substitui Maria Luisa Mendonça, protagonista do espetáculo Futebol, de Alberto Renault, direção de Bia Lessa, um projeto para o Teatro Popular do Sesi (TPS), em São Paulo.
Aos 25 anos, entra para a equipe do Teatro da Vertigem, um dos grupos mais significativos da década de 1990, inovador nas linguagens cênica e dramatúrgica concebidas em espaços não-convencionais. Faz substituição no papel de Mulher de Jó em O Livro de Jó, de Luís Alberto de Abreu. A encenação de Antônio Araújo para a segunda peça da Trilogia Bíblica - iniciada com Paraíso Perdido, 1992 - se passa num hospital desativado.
Em 1998, atua em Tio Vânia, de Anton Tchekhov, com o Teatro Promíscuo. A montagem do ator e então diretor iniciante Élcio Nogueira Seixas é recebida com frieza, apesar do elenco experiente, encabeçado por Renato Borghi.
A performance como Babilônia em Apocalipse 1,11 constitui, o maior desafio da carreira, até então. O texto de Fernando Bonassi, encenado pelo Teatro da Vertigem, estreia em 2000 num presídio desativado de São Paulo. No papel da "mãe das meretrizes", ela percorre labirintos do pecado e do julgamento, tateando paredes mofadas, grades enferrujadas, o ambiente acinzentado característico de uma prisão.
Faz uma demonstração de processo no Festival de São José do Rio Preto, São Paulo: um curto solo de dança-teatro intitulado Raiz Quadrada de Menos Um, com direção de Enrique Diaz, em 2001. Trata-se de embrião do monólogo A Paixão Segundo G.H., que estréia no ano seguinte, em adaptação de Fauzi Arap para o romance homônimo de Clarice Lispector.
O crítico Sérgio Salvia Coelho aponta o despojamento da protagonista. "Mariana Lima apresenta G.H. antes de tudo como uma mulher aflita, tímida diante do enorme enigma que precisa compartilhar. Seu tom é de um realismo cinematográfico, parece esquecer o texto a cada instante, olhando nos olhos o público que está em cena com ela, em sua sala de estar".1
Pela primeira vez, experimenta a direção em Não Olhe Agora, em 2003, co-assinada com Enrique Diaz. É fruto do trabalho do Coletivo Improviso, reunião de artistas investigadores de performance e de dança do Rio de Janeiro, onde passa a viver. Em 2004, assume a assistência de Diaz em Ensaio.Hamlet, espetáculo da Cia dos Atores.
Volta a ser dirigida por Diaz, com quem também contracena em Gaivota - Tema para um Conto Curto, montagem de 2006 que toma como inspiração A Gaivota, de Tchekhov. Um espetáculo de metalinguagem a respeito da criação, da representação, da arte e do homem contemporâneos
|
TEMAS COMUNS:
drama brasil nacional romance biografia viagem nazismo centro urbano | |
|