| Spike Lee |
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Sobre Spike Lee: Shelton Jackson Lee (Atlanta, 20 de março de 1957), mais conhecido como Spike Lee, é um cineasta, escritor, produtor e ator estadunidense. Entre seus filmes, destacam-se Malcolm X (1992), Faça a coisa certa (1989) e BlaKkKlansman (2018). Também é um reconhecido documentarista e leciona cinema na Universidade de Nova Iorque.
Ícone do cinema afro-estadunidense, Spike sempre abordou a temática racial abrindo as portas em Hollywood para uma conscientização sobre os problemas sociais do país. Além de diretor, produtor e roteirista, ele seguidamente atua em seus próprios filmes. Nascido em 20 de março de 1957 em Atlanta, sul dos EUA, numa época marcada pelo preconceito racial, mudou-se com sua família, quando tinha 3 anos, para o Brooklyn, onde adquiriu toda a sua consciência social.
Por um de seus primeiros filmes, Joes Bed-Stuy, Barbershop: We Cut Heads, um projeto de graduação, já fora premiado em alguns festivais, 3 anos depois de rebater o racismo de "O Nascimento de uma Nação" com o curta The Answer (1980), de 10 minutos. Depois disso, sem conseguir produzir o longa "Messenger", foi financiado por sua avó, que também havia pago seus estudos na Universidade Morehouse, onde se formou em Comunicação e depois fez mestrado. Na Universidade, fez Shes Gotta Have It (1986), onde ele mesmo atuava como um dos três namorados de uma mulher.
Em 1989, com Faça a Coisa Certa, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar por melhor roteiro original, consegue reproduzir com maior fidelidade a sua visão do cotidiano das minorias. Cansado da maneira estereotipada que seu povo sempre fora retratado nas telas, Lee tem, normalmente, como tema o racismo, porém, trabalha diferentemente de tudo que se viu até então, ao mostrar toda a complexidade dos guetos estadunidenses, não apenas os negros, mas latinos, orientais, mestiços etc., ele destrói maniqueísmos criados em torno desses temas, mostrando como essas etnias também sabem ser preconceituosas e intolerantes.
Em 1990, com Mais e Melhores Blues, uma história mais voltada para o Jazz, tentando recuperar este movimento cultural, decepciona alguns fãs que esperavam algo mais ousado e com uma denúncia mais pesada, porém vem a se recuperar um ano depois com Febre da Selva, que trata de relacionamentos inter-raciais. Ainda dirigiu a cinebiografia "Malcolm X" sobre o famoso ativista afro-estadunidense dos anos 60. Provou também toda sua versatilidade em Uma Família de Pernas pro Ar, em 1994, uma comédia leve escrita em parceria com seu irmão, e em Irmãos de Sangue, em 1995. Um dos seus maiores trabalhos foi ao lado de Michael Jackson, quando dirigiu o videoclipe "They Dont Care About Us" em 1996, com gravações no Brasil, sendo elas em Salvador e Rio de Janeiro. Foi quando começou a perder seu foco inicial social e político, sendo muitas vezes criticado por isso. Entanto, novamente mostrando que é versátil, é indicado, em 1998, pela segunda vez ao Oscar pelo documentário 4 Little Girls (1997). Nos últimos anos, começa então a fazer mais de um filme por ano, em um desses, A Última Noite, de 2002, onde um traficante tem sua última noite livre, antes de ir para a prisão no dia seguinte, para consertar seus erros, chega a violar um pouco as regras que ele próprio construiu em sua carreira. |
Sobre Spike Lee: Shelton Jackson Lee (Atlanta, 20 de março de 1957), mais conhecido como Spike Lee, é um cineasta, escritor, produtor e ator estadunidense. Entre seus filmes, destacam-se Malcolm X (1992), Faça a coisa certa (1989) e BlaKkKlansman (2018). Também é um reconhecido documentarista e leciona cinema na Universidade de Nova Iorque.
Ícone do cinema afro-estadunidense, Spike sempre abordou a temática racial abrindo as portas em Hollywood para uma conscientização sobre os problemas sociais do país. Além de diretor, produtor e roteirista, ele seguidamente atua em seus próprios filmes. Nascido em 20 de março de 1957 em Atlanta, sul dos EUA, numa época marcada pelo preconceito racial, mudou-se com sua família, quando tinha 3 anos, para o Brooklyn, onde adquiriu toda a sua consciência social.
Por um de seus primeiros filmes, Joes Bed-Stuy, Barbershop: We Cut Heads, um projeto de graduação, já fora premiado em alguns festivais, 3 anos depois de rebater o racismo de "O Nascimento de uma Nação" com o curta The Answer (1980), de 10 minutos. Depois disso, sem conseguir produzir o longa "Messenger", foi financiado por sua avó, que também havia pago seus estudos na Universidade Morehouse, onde se formou em Comunicação e depois fez mestrado. Na Universidade, fez Shes Gotta Have It (1986), onde ele mesmo atuava como um dos três namorados de uma mulher.
Em 1989, com Faça a Coisa Certa, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar por melhor roteiro original, consegue reproduzir com maior fidelidade a sua visão do cotidiano das minorias. Cansado da maneira estereotipada que seu povo sempre fora retratado nas telas, Lee tem, normalmente, como tema o racismo, porém, trabalha diferentemente de tudo que se viu até então, ao mostrar toda a complexidade dos guetos estadunidenses, não apenas os negros, mas latinos, orientais, mestiços etc., ele destrói maniqueísmos criados em torno desses temas, mostrando como essas etnias também sabem ser preconceituosas e intolerantes.
Em 1990, com Mais e Melhores Blues, uma história mais voltada para o Jazz, tentando recuperar este movimento cultural, decepciona alguns fãs que esperavam algo mais ousado e com uma denúncia mais pesada, porém vem a se recuperar um ano depois com Febre da Selva, que trata de relacionamentos inter-raciais. Ainda dirigiu a cinebiografia "Malcolm X" sobre o famoso ativista afro-estadunidense dos anos 60. Provou também toda sua versatilidade em Uma Família de Pernas pro Ar, em 1994, uma comédia leve escrita em parceria com seu irmão, e em Irmãos de Sangue, em 1995. Um dos seus maiores trabalhos foi ao lado de Michael Jackson, quando dirigiu o videoclipe "They Dont Care About Us" em 1996, com gravações no Brasil, sendo elas em Salvador e Rio de Janeiro. Foi quando começou a perder seu foco inicial social e político, sendo muitas vezes criticado por isso. Entanto, novamente mostrando que é versátil, é indicado, em 1998, pela segunda vez ao Oscar pelo documentário 4 Little Girls (1997). Nos últimos anos, começa então a fazer mais de um filme por ano, em um desses, A Última Noite, de 2002, onde um traficante tem sua última noite livre, antes de ir para a prisão no dia seguinte, para consertar seus erros, chega a violar um pouco as regras que ele próprio construiu em sua carreira.
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