| Tônia Carrero |
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Sobre Tônia Carrero: Tonia Carrero se chama Maria Antonieta Porto Carrero. É brasileira, carioca, filha, neta e bisneta de brasileiros. Mas nasceu loira, tipo europeu, com rara beleza. Sua data de nascimento é 23 de agosto de 1922.
Seu pai era oficial do Exército Brasileiro, que morreu general.Também seus irmãos seguiram carreira militar. Só a menina, contrariando a vontade materna, “nadou contra a maré”, e bem cedo se interessou por artes, balé, teatro, etc. Formou-se em Educação Física. Esteve na França, estudando francês e balé. Aí já estava casada com um artista requintado, de nome Carlos Arthur Thiré. Com ele teve seu único filho Cecil Thiré, também ator.
Tonia, bem jovem, deixou o filho com a mesma babá que a criou e com a mãe, e foi para Paris. Ingressou num curso de teatro e percebeu logo que essa era sua grande aspiração, uma vocação “nitidamente indispensável”, ela diz. Sempre lindíssima, a beleza a ajudou, mas não trabalhou em Paris. Só estudou. Outra vez no Brasil, trabalhou no filme “Querida Suzana”, e logo apareceu no jornal uma crônica sobre ela, com o título: “Nasce uma estrela”. Não quis fazer chanchada, não quis fazer Atlântica, que era a empresa de cinema mais importante da época.
Queria fazer coisas boas e em boas companhias. Fernando de Barros a ajudou, colocando-a na Compahia de Maria Della Costa. Aí foi para o Rio Grande do Sul e participou de filmes, como: “Caminhos do Sul”, “Perdida pela paixão”, onde foi protagonista. Em teatro estreou na peça: “Um deus dormiu lá em casa”, com Paulo Autran. Aí ela, seu marido e Autran organizaram uma Companhia de teatro e fizeram inúmeros espetáculos. Tonia já era estrela nacional. Foi então contratada pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde fez “Tico-tico no fubá”, “É proibido beijar”.
Começou a ganhar muitos prêmios. Ficou amiga de um grande mecenas, Franco Zampari, e entrou para o T.B.C. (Teatro Brasileiro de Comédia), onde fez, com muito sucesso, ”Leito nupcial”. Começou a fazer televisão. Vicente Sesso a chamou para fazer “Sangue do meu sangue” e “Pigmaleão 70” , já na TV Globo. Fez ainda: “O Cafona”, “Primeiro amor”, “Louco amor”, “Esse louco amor”. Trabalhou também no SBT.
E nunca mais saiu de televisão, teatro e cinema. Uma carreira densa. Uma carreira completa. Trabalhou também com o filho Cecil Thiré, com quem teve uma companhia. Fez: “Um equilíbrio delicado” que é uma peça de grande valor, grande “delicadeza”, segundo ela. Tonia Carrero é uma mulher linda ainda, e sobretudo inteligente, que sabe entender as coisas, sabe analisá-las. Sabe, por exemplo, que a carreira de atriz no Brasil tem altos e baixos. Às vezes os textos são bons, às vezes ruins. É preciso saber passar, saber viver.
Prêmios Tonia recebeu todos: “Velho Guerreiro”, “Moliere”, o “APCT”, o “APTESP”, “Prêmio do Mérito Militar”, “Legion des Arts et des Lettres” da França e comendas. Tudo isso e muito mais. Mas, para ela o verdadeiro prêmio foi o filho maravilhoso e inteligente que Deus lhe deu, e que já lhe deu |
Sobre Tônia Carrero: Tonia Carrero se chama Maria Antonieta Porto Carrero. É brasileira, carioca, filha, neta e bisneta de brasileiros. Mas nasceu loira, tipo europeu, com rara beleza. Sua data de nascimento é 23 de agosto de 1922.
Seu pai era oficial do Exército Brasileiro, que morreu general.Também seus irmãos seguiram carreira militar. Só a menina, contrariando a vontade materna, “nadou contra a maré”, e bem cedo se interessou por artes, balé, teatro, etc. Formou-se em Educação Física. Esteve na França, estudando francês e balé. Aí já estava casada com um artista requintado, de nome Carlos Arthur Thiré. Com ele teve seu único filho Cecil Thiré, também ator.
Tonia, bem jovem, deixou o filho com a mesma babá que a criou e com a mãe, e foi para Paris. Ingressou num curso de teatro e percebeu logo que essa era sua grande aspiração, uma vocação “nitidamente indispensável”, ela diz. Sempre lindíssima, a beleza a ajudou, mas não trabalhou em Paris. Só estudou. Outra vez no Brasil, trabalhou no filme “Querida Suzana”, e logo apareceu no jornal uma crônica sobre ela, com o título: “Nasce uma estrela”. Não quis fazer chanchada, não quis fazer Atlântica, que era a empresa de cinema mais importante da época.
Queria fazer coisas boas e em boas companhias. Fernando de Barros a ajudou, colocando-a na Compahia de Maria Della Costa. Aí foi para o Rio Grande do Sul e participou de filmes, como: “Caminhos do Sul”, “Perdida pela paixão”, onde foi protagonista. Em teatro estreou na peça: “Um deus dormiu lá em casa”, com Paulo Autran. Aí ela, seu marido e Autran organizaram uma Companhia de teatro e fizeram inúmeros espetáculos. Tonia já era estrela nacional. Foi então contratada pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde fez “Tico-tico no fubá”, “É proibido beijar”.
Começou a ganhar muitos prêmios. Ficou amiga de um grande mecenas, Franco Zampari, e entrou para o T.B.C. (Teatro Brasileiro de Comédia), onde fez, com muito sucesso, ”Leito nupcial”. Começou a fazer televisão. Vicente Sesso a chamou para fazer “Sangue do meu sangue” e “Pigmaleão 70” , já na TV Globo. Fez ainda: “O Cafona”, “Primeiro amor”, “Louco amor”, “Esse louco amor”. Trabalhou também no SBT.
E nunca mais saiu de televisão, teatro e cinema. Uma carreira densa. Uma carreira completa. Trabalhou também com o filho Cecil Thiré, com quem teve uma companhia. Fez: “Um equilíbrio delicado” que é uma peça de grande valor, grande “delicadeza”, segundo ela. Tonia Carrero é uma mulher linda ainda, e sobretudo inteligente, que sabe entender as coisas, sabe analisá-las. Sabe, por exemplo, que a carreira de atriz no Brasil tem altos e baixos. Às vezes os textos são bons, às vezes ruins. É preciso saber passar, saber viver.
Prêmios Tonia recebeu todos: “Velho Guerreiro”, “Moliere”, o “APCT”, o “APTESP”, “Prêmio do Mérito Militar”, “Legion des Arts et des Lettres” da França e comendas. Tudo isso e muito mais. Mas, para ela o verdadeiro prêmio foi o filho maravilhoso e inteligente que Deus lhe deu, e que já lhe deu
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