| Waldir Brazil |
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Sobre Waldir Brazil: Nascido em Florianópolis em 18 de fevereiro de 1920, Waldir Brazil foi o maior ator da história da dramaturgia catarinense.
Perdeu pai e mãe muito cedo e foi criado por uma tia-avó. Depois de freqüentar escolas primárias, Waldir fez o curso complementar no Grupo Escolar Lauro Müller e o secundário no Colégio Catarinense. Serviu a Aeronáutica na Base Aérea de Florianópolis por quatro anos, entre 1942 a 1946. Após exercer alguns ofícios, ingressou na Caixa Econômica Federal, onde trabalhou por exatos trinta anos, três meses e quinze dias até se aposentar, como gostava de frisar.
No tempo em que novela era coisa de rádio, Waldir foi um dos mais requisitados atores da dramaturgia radiofônica de Florianópolis, contracenando com outros expoentes locais consagrados pelo público. Além do teatro e das rádios, trabalhou ainda no cinema e na televisão, ultrapassando a marca de 50 anos de carreira de muito sucesso, tanto de público quanto de crítica.
Seu primeiro trabalho no cinema foi em O Preço da Ilusão, primeiro longa-metragem catarinense feito pelo Grupo Sul com participação especial de quase toda a cidade. No cinema, participou ainda de "Prata Palomares", premiado em Cannes, com Zé Celso Martinez; “PSW” (Paulo Stuart Wrigt), com Antônio Fagundes, "Desterro", "Ponte Hercílio Luz" e "Manhã", pelo qual obteve o prêmio de Melhor Ator de Curtas do FEST-RIO 1989. Em 2001, protagonizou o curta "A Ilha" e o vídeo "Perto do Mar", pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Ator de Vídeo no Festival de Cinema de Gramado em 2003.
Participou ainda do filme "O Santo Mágico", curta-metragem de Ronaldo dos Anjos baseado na obra de Harry Laus. Nos palcos, estreou em 1938 no Teatro da União Operária (UBRO). Em 1970, participou da montagem "Caminho de Volta", do Grupo Armação, onde atuou como ator, diretor e produtor, conquistando diversos prêmios. Por seu papel na peça “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfracesco Guarnieri, recebeu o prêmio de melhor ator em Florianópolis.
No Grupo Dromedário Loquaz, atuou nas peças "Que se Passa, Tchê" e "Curto Circuito", que lhe valeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em 1985, sob direção de Isnard Azevedo. Reinaugurou o Teatro da Ubro com a montagem do texto "Memória – a espessura da poeira de palco", de autoria de seu filho, Neno Brazil. A última peça em que Waldir atuou foi em “Os Lobos”, com Zica Soares, em 1999, encenada no Teatro Armação, na Praça XV.
Não foram poucos os convites recebidos para trabalhar no Rio de Janeiro. Mas, pai de cinco filhos, casado com dona Yvone Catão Brazil e com Florianópolis, cidade que tanto amava, Waldir Brazil resistiu a todos os convites, afinal, era aqui a sua vida, a Ilha era seu maior palco e nós, ilhéus, a audiência mais privilegiada.
Com sua figura jovial, simpática, de bom papo, quando perguntado o que era um manezinho da ilha, Waldir respondia que manezinho da ilha era um produto em extinção. Sábia e triste lucidez de quem via o tempo passar e sua cidade ser transfigurada a olhos vistos.
Falecido em 2006. |
Sobre Waldir Brazil: Nascido em Florianópolis em 18 de fevereiro de 1920, Waldir Brazil foi o maior ator da história da dramaturgia catarinense.
Perdeu pai e mãe muito cedo e foi criado por uma tia-avó. Depois de freqüentar escolas primárias, Waldir fez o curso complementar no Grupo Escolar Lauro Müller e o secundário no Colégio Catarinense. Serviu a Aeronáutica na Base Aérea de Florianópolis por quatro anos, entre 1942 a 1946. Após exercer alguns ofícios, ingressou na Caixa Econômica Federal, onde trabalhou por exatos trinta anos, três meses e quinze dias até se aposentar, como gostava de frisar.
No tempo em que novela era coisa de rádio, Waldir foi um dos mais requisitados atores da dramaturgia radiofônica de Florianópolis, contracenando com outros expoentes locais consagrados pelo público. Além do teatro e das rádios, trabalhou ainda no cinema e na televisão, ultrapassando a marca de 50 anos de carreira de muito sucesso, tanto de público quanto de crítica.
Seu primeiro trabalho no cinema foi em O Preço da Ilusão, primeiro longa-metragem catarinense feito pelo Grupo Sul com participação especial de quase toda a cidade. No cinema, participou ainda de "Prata Palomares", premiado em Cannes, com Zé Celso Martinez; “PSW” (Paulo Stuart Wrigt), com Antônio Fagundes, "Desterro", "Ponte Hercílio Luz" e "Manhã", pelo qual obteve o prêmio de Melhor Ator de Curtas do FEST-RIO 1989. Em 2001, protagonizou o curta "A Ilha" e o vídeo "Perto do Mar", pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Ator de Vídeo no Festival de Cinema de Gramado em 2003.
Participou ainda do filme "O Santo Mágico", curta-metragem de Ronaldo dos Anjos baseado na obra de Harry Laus. Nos palcos, estreou em 1938 no Teatro da União Operária (UBRO). Em 1970, participou da montagem "Caminho de Volta", do Grupo Armação, onde atuou como ator, diretor e produtor, conquistando diversos prêmios. Por seu papel na peça “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfracesco Guarnieri, recebeu o prêmio de melhor ator em Florianópolis.
No Grupo Dromedário Loquaz, atuou nas peças "Que se Passa, Tchê" e "Curto Circuito", que lhe valeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em 1985, sob direção de Isnard Azevedo. Reinaugurou o Teatro da Ubro com a montagem do texto "Memória – a espessura da poeira de palco", de autoria de seu filho, Neno Brazil. A última peça em que Waldir atuou foi em “Os Lobos”, com Zica Soares, em 1999, encenada no Teatro Armação, na Praça XV.
Não foram poucos os convites recebidos para trabalhar no Rio de Janeiro. Mas, pai de cinco filhos, casado com dona Yvone Catão Brazil e com Florianópolis, cidade que tanto amava, Waldir Brazil resistiu a todos os convites, afinal, era aqui a sua vida, a Ilha era seu maior palco e nós, ilhéus, a audiência mais privilegiada.
Com sua figura jovial, simpática, de bom papo, quando perguntado o que era um manezinho da ilha, Waldir respondia que manezinho da ilha era um produto em extinção. Sábia e triste lucidez de quem via o tempo passar e sua cidade ser transfigurada a olhos vistos.
Falecido em 2006.
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