Fernanda Montenegro
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BIOGRAFIA:
Arlette Pinheiro Esteves da Silva (Rio de Janeiro RJ 1929). Atriz. Uma das fundadoras do Teatro dos ... continuar lendo
Arlette Pinheiro Esteves da Silva (Rio de Janeiro RJ 1929). Atriz. Uma das fundadoras do Teatro dos Sete, Fernanda Montenegro marca suas personagens com a sinceridade e o vigor que a tornam uma personalidade destacada na sociedade brasileira, conferindo-lhe o título de primeira-dama do teatro.
Começa a carreira no rádio, aos 16 anos. No teatro, sua primeira experiência é em uma produção de Esther Leão, onde conhece Fernando Torres, seu futuro sócio e marido. Em 1952, ingressa na companhia de Henriette Morineau, Os Artistas Unidos. Em 1954, estréia no Teatro Maria Della Costa - TMDC, atuando em O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh, um dos espetáculos mais importantes da companhia, com direção de Gianni Ratto. Permanece no TMDC por dois anos e tem seu primeiro papel de destaque, em 1955, interpretando Lucília em A Moratória, de Jorge Andrade, que lhe vale o Prêmio Saci e a promove ao estrelato. Em 1956, estréia no Teatro Brasileiro de Comédia - TBC, em Divórcio para Três, de Victorien Sardou, dirigida por Ziembinski, onde permanece até 1958, sendo premiada por dois trabalhos: com Nossa Vida com Papai, de Howard Lindsay e Rusel Crouse, 1956, a atriz se revela em plena maturidade artística e seu desempenho, que na opinião dos críticos faz valer o espetáculo, lhe confere o prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT; com a interpretação sincera e vigorosa de Vestir os Nus, de Luigi Pirandello, 1958, recebe o Prêmio Governador de Estado de São Paulo, e, novamente, o APCT. Diferente dos chamados "monstros sagrados" do teatro, Fernanda Montenegro assimila desde cedo a verticalidade do teatro, na figura do encenador: "... Eu vi que não era só dizer a frase com sujeito, verbo e predicado. Aquilo tinha uma imantação e cada período daqueles estava inserido numa cena, que tinha um batimento, que se unia a outra cena... E assim tinha um resultado não só artístico, mas social, político, existencial. Isso tudo dentro de uma visão estética do espetáculo que correspondesse a uma unidade cênica".1
Funda o Teatro dos Sete, com Fernando Torres, Sergio Britto, Ítalo Rossi e Gianni Ratto, onde participa de todos os espetáculos até a dissolução da companhia, em 1965. Nesse período é três vezes premiada: pela interpretação em O Mambembe, de Artur Azevedo e José Piza, dirigido por Gianni Ratto, 1959, recebe o Prêmio Padre Ventura do Círculo Independente de Críticos de Arte; por Mary, Mary, de Jean Kerr, direção de Adolfo Celi, em 1963, é premiada pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais - ABCT; e por Mirandolina, de Carlo Goldoni, em 1964, recebe o Troféu Governador do Estado de São Paulo.
Gianni Ratto, que dirige a maioria dos espetáculos do Teatro dos Sete, traduz a importância da atriz em texto que comemora seus 50 anos de carreira: "A sólida estruturação moral, a noção crítica que ela tem de seu trabalho na perspectiva histórica de suas origens e do mundo ao qual pertence e que ela mesmo criou para si, emprestam ao seu trabalho o cunho do
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